Há muito que larguei o meu corpo físico
Para que ele pudesse ondear livremente
Nas águas incertas do espírito esotérico,
E, não sumisse no tufão da minha mente
Cortei as amarras do barco ancorado
No porto dos pensamentos fustigados
Deixei-o ir, à deriva foi nas ondas levado,
Desapareceu em ensejos nunca navegados…
Foi no sopro incorpóreo, partiu no amanha das velas,
Ainda sinto o seu peso, mas já não incomoda...
Agora, bóia heterogéneo à tona das aventuras,
Que o corpo é azeite e, a água é minha alma indomada!!
terça-feira, 31 de março de 2009
domingo, 15 de março de 2009
Todas as flores iram murchar
Assim que as olhares com firmeza
Não será com medo do teu olhar
Mas com ciúmes da tua beleza.
*
Bom pastor protege-nos na ida
A parte da viagem mais longa,
Guarda o teu rebanho com vida,
Que hoje não é dia de folga!
*
Aldrabão nas cartas,
A jogar e a falar.
Mentes que te fartas
Até alguém te apanhar.
*
Dezoito e dezoito
Ambas idades adultas,
Vendem as duas o coito
As meninas que são putas!
Assim que as olhares com firmeza
Não será com medo do teu olhar
Mas com ciúmes da tua beleza.
*
Bom pastor protege-nos na ida
A parte da viagem mais longa,
Guarda o teu rebanho com vida,
Que hoje não é dia de folga!
*
Aldrabão nas cartas,
A jogar e a falar.
Mentes que te fartas
Até alguém te apanhar.
*
Dezoito e dezoito
Ambas idades adultas,
Vendem as duas o coito
As meninas que são putas!
sábado, 14 de março de 2009
Como queres o sonho se não sonhas?
Como? A imaginar no vazio!
Nas ruas desertas onde caminhas,
Não ouvirias sequer um pio
Acorda da tua incerteza retorcida
Por tudo o que não tens mais,
Nesse labirinto sem saída
Dar só mais um passo nunca é demais.
Ainda há sonhos a sonhar
Vidas a sentir, arrepios, … ah, sonhos!
Os teus! Reais…? É um ir ou parar…
Não é bom sonharmos que estamos vivos?
E sonhar uma película de cinema?
Tu e Eu! A despertar o sonho...
Num ovo! Que da clara e da gema
Sonha nascer um pinto risonho.
Como? A imaginar no vazio!
Nas ruas desertas onde caminhas,
Não ouvirias sequer um pio
Acorda da tua incerteza retorcida
Por tudo o que não tens mais,
Nesse labirinto sem saída
Dar só mais um passo nunca é demais.
Ainda há sonhos a sonhar
Vidas a sentir, arrepios, … ah, sonhos!
Os teus! Reais…? É um ir ou parar…
Não é bom sonharmos que estamos vivos?
E sonhar uma película de cinema?
Tu e Eu! A despertar o sonho...
Num ovo! Que da clara e da gema
Sonha nascer um pinto risonho.
segunda-feira, 9 de março de 2009
Podia dizer que te amo mil vezes
Escreve-lo nas costas de um anjo
Na praia, na lua, na fala das flores
Até tatua-lo no peito de um arcanjo.
Podia dize-lo por todo o universo
A viajar nas rotas dos meteoritos
Gravado em prosa ora em verso
Para voar aos sítios mais recônditos.
Podia grita-lo até a voz se render
No uníssono timbre da trovoada,
Audível até para o frio de Júpiter
Durante bem mais de uma década.
Podia mostrar-te o quanto te amo
Fazer tremer as pedras da calçada
Levitar com a voz um hipopótamo
A gritar quero-te como namorada.
Podia roubar o pôr-do-sol para ti
Dar-te o coração em jóia de âmbar
De um vermelho encarnado rubi
Para só tu os poderes ver brilhar
Podia! Ah, bem que, podia mesmo ser
O possível que julgas-te impossível,
Ser até o teu sonho a rejuvenescer
Fosse a tua alma mais receptível...
Escreve-lo nas costas de um anjo
Na praia, na lua, na fala das flores
Até tatua-lo no peito de um arcanjo.
Podia dize-lo por todo o universo
A viajar nas rotas dos meteoritos
Gravado em prosa ora em verso
Para voar aos sítios mais recônditos.
Podia grita-lo até a voz se render
No uníssono timbre da trovoada,
Audível até para o frio de Júpiter
Durante bem mais de uma década.
Podia mostrar-te o quanto te amo
Fazer tremer as pedras da calçada
Levitar com a voz um hipopótamo
A gritar quero-te como namorada.
Podia roubar o pôr-do-sol para ti
Dar-te o coração em jóia de âmbar
De um vermelho encarnado rubi
Para só tu os poderes ver brilhar
Podia! Ah, bem que, podia mesmo ser
O possível que julgas-te impossível,
Ser até o teu sonho a rejuvenescer
Fosse a tua alma mais receptível...
sexta-feira, 6 de março de 2009
Dizem que tenho a liberdade
Na escolha do ser e do fazer
A vida lá diz que não é verdade
E que tenho muito de aprender
Descobri mais uma praga
Nesta sociedade democrática
É o neo-Patrão da sobrepaga
O alvo desta dura critica
Se um chefe ainda tinha lógica
Já mais que um é injustiça
Ó que sociedade tão irónica
Que rende mais viver da preguiça
Escravos já não são os negros
Que trabalhavam sem receber
Agora os servos são todos
Até os que estudam a valer!
Hoje dissimulam a escravatura
Nas empresas de trabalho temporário
Que quase nos retiram a dentadura
E retêm-nos um terço do salário
E se estas chicotadas já nos doem
Ainda alimentamos outros chulos...
São donos do País, falam e nada fazem
Mas comem mais palha que certos asnos!
Na escolha do ser e do fazer
A vida lá diz que não é verdade
E que tenho muito de aprender
Descobri mais uma praga
Nesta sociedade democrática
É o neo-Patrão da sobrepaga
O alvo desta dura critica
Se um chefe ainda tinha lógica
Já mais que um é injustiça
Ó que sociedade tão irónica
Que rende mais viver da preguiça
Escravos já não são os negros
Que trabalhavam sem receber
Agora os servos são todos
Até os que estudam a valer!
Hoje dissimulam a escravatura
Nas empresas de trabalho temporário
Que quase nos retiram a dentadura
E retêm-nos um terço do salário
E se estas chicotadas já nos doem
Ainda alimentamos outros chulos...
São donos do País, falam e nada fazem
Mas comem mais palha que certos asnos!
Uma estátua que chora vida
No alpendre do museu deserto
Plantado no meio da avenida
Da solidão paralela ao tecto
Uma carroça de cavalo nenhum
Exposta, rabuja patas para cima
Admirada por um só bêbado a rum
O único quem a cultura estima
Gira nos passos de naves amplas
De um museu a gritar por socorro
Onde ecoa os pregos das solas
E tanta cultura presa num aforro
Cultura rara num sono profundo
Que teima ressonar dos tostões
Vive do interesse nauseabundo,
Ah, cultura Lusitana de calções!
No alpendre do museu deserto
Plantado no meio da avenida
Da solidão paralela ao tecto
Uma carroça de cavalo nenhum
Exposta, rabuja patas para cima
Admirada por um só bêbado a rum
O único quem a cultura estima
Gira nos passos de naves amplas
De um museu a gritar por socorro
Onde ecoa os pregos das solas
E tanta cultura presa num aforro
Cultura rara num sono profundo
Que teima ressonar dos tostões
Vive do interesse nauseabundo,
Ah, cultura Lusitana de calções!
quarta-feira, 4 de março de 2009
Deitada foste tempo numa história
E nos lençóis rasgados do horizonte
Farrapos feitos no céu da memória
Entre os teus seios edificada ponte.
Escreve o teu corpo com as nuvens,
Algodão doce que derrete na boca.
Faz refém as chuvas, tuas paisagens,
Num dilúvio que me afoga e sufoca.
Imagino o teu corpo deitado no meu.
Eu escrevia-o sem erros. Ah, perfeito!
Fundido na sesta do amor adormeceu
E no sono do colo diluiu-se, liquefeito.
Imagino a overdose a que o condenei.
Nos lençóis, páginas do meu diário,
Escrevi as palavras em que guardei
As tuas curvas, essência do meu ópio.
E nos lençóis rasgados do horizonte
Farrapos feitos no céu da memória
Entre os teus seios edificada ponte.
Escreve o teu corpo com as nuvens,
Algodão doce que derrete na boca.
Faz refém as chuvas, tuas paisagens,
Num dilúvio que me afoga e sufoca.
Imagino o teu corpo deitado no meu.
Eu escrevia-o sem erros. Ah, perfeito!
Fundido na sesta do amor adormeceu
E no sono do colo diluiu-se, liquefeito.
Imagino a overdose a que o condenei.
Nos lençóis, páginas do meu diário,
Escrevi as palavras em que guardei
As tuas curvas, essência do meu ópio.
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