quinta-feira, 26 de junho de 2008

Quantas fases intempestiva lua,...
Como cresces e decresces iluminada.
Olha! Foge, esconde o Sol, e amua,
Raros eclipses em que não és abraçada

Senhora que deitas os amores,
No colo, no teu luar reconfortante.
Mesmo amuada, matas os dissabores,
De quem for teu singelo amante.

Sussurras comigo na escuridão,
Que sou teu escravo noctívago,
Amante eterno que te ama.

Sabes que és a minha desilusão...
De um relâmpago que escureceu vago,
Morreu a lua, e viveu o melodrama.
Escreve o que não sou mais
Com tinta permanente,
Copia os oportunos sinais,
De um ser já nada crente.

Linha a linha, ou a risco, dita:
O destino impresso na vontade.
Risca, que o sentido necessita,
Um traço com mão de verdade.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Onde andas vontade de amar?
Que preciso de ti agora.
Já não chega apenas sonhar,
que o coração já cora.

Perante esse desfile de beleza,
tão só teu, dá cá um pouco,
alegra-me; mata-me a tristeza.
Beija o que sou, deixa-me louco!

Dá-me asas, faz voar a vontade,
sorri com os meus lábios,
as minhas alegrias, e as tuas.

Que o sonho se torne verdade,
e os olhares em beijos:
Que as almas são gémeas e puras.