quarta-feira, 28 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Já jovem não sou, nem ainda
Sou velho, estou a meio-termo
Como a água que foi aquecida
E arrefece dentro do termo
Olhando para a idade passada
Já me faltam os dedos
Que datem o tempo de vida;
Velas certas e aniversários!
Quantos mais para a frente?
É uma incerta questão
Que a vida tem pendente
Na sina da minha mão…
Sou velho, estou a meio-termo
Como a água que foi aquecida
E arrefece dentro do termo
Olhando para a idade passada
Já me faltam os dedos
Que datem o tempo de vida;
Velas certas e aniversários!
Quantos mais para a frente?
É uma incerta questão
Que a vida tem pendente
Na sina da minha mão…
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Não é a dor que dói, nem o véu da tua distancia,
E, como é longo e escorrido o teu amargo tecido.
Envergando as saudades de uma estranha agonia,
Rara transparência Saturno, contrafeito anel ferido.
Os teus cabelos e a quimera que ainda guardo deles
É que são os Reis da luta expugnável, que tomou,
O meu reino em ausência, o meu olhar em cicatrizes,
A minha dor na dor, no castelo dor que desmoronou.
Elos dourados e fatídicos, feitos em armas ferozes,
Anéis de oiro valiosos, campos de joio já distantes
Feitos planícies da fome, onde ecoam apenas as vozes
Das feridas, os contundentes ais dos carnais golpes...
Antes júbilo, depois alimento, e agora, longínqua visão.
Fugidio horizonte dourado que persiste em conquistar
O universo num eclipse solar, e todo o absoluto a extasiar,
Uma saudade que não é dor dos teus cabelos veneração...
E, como é longo e escorrido o teu amargo tecido.
Envergando as saudades de uma estranha agonia,
Rara transparência Saturno, contrafeito anel ferido.
Os teus cabelos e a quimera que ainda guardo deles
É que são os Reis da luta expugnável, que tomou,
O meu reino em ausência, o meu olhar em cicatrizes,
A minha dor na dor, no castelo dor que desmoronou.
Elos dourados e fatídicos, feitos em armas ferozes,
Anéis de oiro valiosos, campos de joio já distantes
Feitos planícies da fome, onde ecoam apenas as vozes
Das feridas, os contundentes ais dos carnais golpes...
Antes júbilo, depois alimento, e agora, longínqua visão.
Fugidio horizonte dourado que persiste em conquistar
O universo num eclipse solar, e todo o absoluto a extasiar,
Uma saudade que não é dor dos teus cabelos veneração...
domingo, 4 de outubro de 2009
Que fogo selvagem emana assim,
Cego. Inquietante, pronto a consumar.
Queima o silêncio do manto do capim.
Que fogo é este sempre a queimar?
Mortífero. Uma carga de cavalaria
Veloz. Um raio de luz.
Galope selvagem no que ardia
De crina bela, como seduz!
Fogo! Fogo! É quente vermelho.
E veste mais cores,
O vaidoso fogo ao espelho.
Ah, como queimas! E como feres
Os sonhos do sonhar fedelho…
Afinal o que de mim queres?
Cego. Inquietante, pronto a consumar.
Queima o silêncio do manto do capim.
Que fogo é este sempre a queimar?
Mortífero. Uma carga de cavalaria
Veloz. Um raio de luz.
Galope selvagem no que ardia
De crina bela, como seduz!
Fogo! Fogo! É quente vermelho.
E veste mais cores,
O vaidoso fogo ao espelho.
Ah, como queimas! E como feres
Os sonhos do sonhar fedelho…
Afinal o que de mim queres?
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