quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Se a chuva cai nas mãos da mundo,
Se o vento afaga as faces da cara,
Se o Sol brilha do espaço vagabundo,
Se o diamante é uma pedra rara:
Talvez, o amor seja preparo profundo.

Se o beijo mata os labios,
Se o abraço cura uma ferida,
Se as palavras são os rios,
Se a razão sem ti esta perdida:
Talvez, o amor seja a propria vida.

Se a soma das partes é o total,
Se o sorriso é dois igual a um,
Se o sentimento cresce em espiral,
Se a paixão é alimento e jejum:
O nosso amor é uma dadiva imortal.
Desaprendi a forma de pensar
Com a sabedoria processada,
A memória esgotou-se no respirar,
No próprio poço da sua morada;

Deixou de distinguir as imagens
Da intelectualidade da criação.
Confusa, findou-se nas viagens
Realizadas às terras da elocução...

A memória tornara-se muda
E o pensamento lógico amputado,
Agora, tudo se cingia à retórica sisuda
Do artifício de um ser crucificado.

Dolorosa, a apatia cerebral reinava.
Poderosa e senhoria da vontade,
No Eu que já não se lembrava
Que do esquecer, vive a humanidade.

terça-feira, 5 de novembro de 2013




Espiados por pistolas de suspiros
Tombaram relutantes no chão,
Estranharam as dores dos tiros
E as ânsias cravadas no coração
Então já mortos ergueram-se
Das tenazes da terra sepulcral
E heroicamente debateram-se
De tremendo e inglório final

E, mais não escrevo…
Porque as histórias são finitas
E o final não tem relevo
Para as almas imaginativas…