sexta-feira, 31 de julho de 2009

Perdido, remo dentro da taça vazia
Onde luto para sobreviver à tona,
Mais um dia, … apenas mais um dia,
No liquido onde meio mundo ressona.

Nado, em esforço num permanente circulo,
Esbraceja-o aflito o meu corpo em choque,
Respiro, … afogaste-me, que respiro fulo
Porque sei que sufoco sem rei nem rock.

Espero, uma garganta que seca beba
Gole a gole, a saciar tremendo sufoco,
Quem sou, e mesmo que não o perceba
Tome tudo em salvação de um louco…
Embaralho o fim do baralho
Nas cartas de uma sequência
Umas vezes acerto outras falho,
É a sorte casual desta nada ciência

*

Reflexa filosofia dogmática
Quase inflexível de certeza.
Mas há a flexível hipotética
De ser quase uma incerteza...

sábado, 25 de julho de 2009

Espírito lastro maligno,
No breu do fundo lago,
Afundas o que é digno
Abismo castro castigo

Tinta que a pele tatua
Mole e desprotegida,
Colora maldade crua
Maleita ré enfurecida

Agua numa pedra doce
Esculpida na estalagmite,
No tecto parasita nasce
No amor do chão insiste

As colunas petrificadas
E as vigias da amargura
São tatuagens salgadas
São apenas pedra dura.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ameno rato mês de Julho
Que sopras em vento o ar,
Andarás louco em barulho
Sem saberes quando parar?

É o diabo que anda à solta;
Assim diz a voz popular.
Revolve tudo a sua volta
Sempre que teima espirrar.

Anseio a vinda do outro mês
O Agosto caldo tórrido,
Que aqueça o clima de vez
Neste verão quase esquecido!