Uma estátua que chora vida
No alpendre do museu deserto
Plantado no meio da avenida
Da solidão paralela ao tecto
Uma carroça de cavalo nenhum
Exposta, rabuja patas para cima
Admirada por um só bêbado a rum
O único quem a cultura estima
Gira nos passos de naves amplas
De um museu a gritar por socorro
Onde ecoa os pregos das solas
E tanta cultura presa num aforro
Cultura rara num sono profundo
Que teima ressonar dos tostões
Vive do interesse nauseabundo,
Ah, cultura Lusitana de calções!
sexta-feira, 6 de março de 2009
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