quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Deus! Deus? O que não creio!?
Mas que nem assim me descurou
E lá do alto da sua poltrona veio
Pregar-me onde se crucificou.

Pronto, agora que sangro na cruz
Continuo a não crer que sejas o Deus
Das coroas que na pele contraluz
O sofrimento sem fim dos teus.

Devoto? Qual crente meu o é sem fé?
Aquele que feliz nunca o foi até então?
O infeliz que nem a ver crê como Tomé?
Ou o torturado que não crê por aflição?

Deus, só no adeus que hei-de ter
Porque ai, já nada há a duvidar
E nada mais, eu terei a temer
Afinal à terra já fui a enterrar.

Nenhum comentário: