sábado, 5 de setembro de 2009

Às Poetisas!

Ó Poetisas presas na marcha
Nessa parada desalinhada
São linhas presas na borracha
À guerra farda encarregada

Revoltas armas em riste
Em batalhas moribundas,
Exactos tiros no rosto triste
Em frágeis covas colectivas

As poetisas livres na marcha
Heroínas! E um busto que jaz.
Recebem louvores na flecha
Alvo! Fumo do cachimbo da paz!

Despojadas das casacas sujas
De suor, lágrimas e sangue,
Revivem nas asas das corujas
Hora nocturna livre da morgue.

Ó Poetisas lusas em cadência
Lutem na guerra das palavras
Eternizem o feminismo fluência
Em poemas medalhas e honras!

Nenhum comentário: