quinta-feira, 29 de maio de 2008

Poema ao meu avô


Que se perpetue no tempo estes versos
Impressos neles estão velhas memórias
Dedicatórias que são valiosos tesouros
Lembranças vivas das tuas histórias


Guardo com saudade eruditas palavras
Alicerces pessoais, pedras que elevaram
Um puto traquina a saber as respostas,
Princípios colhidos que de ti brotavam


Ensinaste a fazer o caminho que percorro
Dentro de mim corre, numas jovens veias
Os ensinamentos sensatos que me socorro,
A desembaraçar-me das correntes teias


Ou as brincadeiras de um tempo passado
Alegres momentos, correrias sem parar
E no dominó e na bisca tudo tão animado
De um velhote sempre disposto a brincar


E as expressões, engraçadas de escutar
Ou os ditados citados frequentemente
Como: “O comer e o coçar vai do começar”.
Ah, Erudito velho que viveu humildemente


De uma presença enorme e galante
As senhoras derretidas pelos gestos
De um homem sempre bem-falante
Absorvidas nos seus olhos cinzentos


E esse chapéu que agarrava a calvíce
Sua habitual e ilustre companheira
Camaradas e colegas da malandrice
Troçando com quem usava cabeleira


Ilídio Augusto, um velhote simpático
Que Lacerda tinha em seu apelido
Era o nome de Homem carismático
Foi meu avô, o velhote mais querido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Grande Homenagem ao teu avo, de certo um grande homem como o neto! =)
Para variar gostei muito do poema. . concerteza o poema que fizes-te ate hoje com mais sentimento.
beijinho