domingo, 31 de janeiro de 2010

Sincera, obscenidade sincera!

O que queria era ouvir a noite a exclamar
As estrelas a dançar eróticas desnudadas
E fazer do véu um estaminé para dançar
Onde tivesse algumas horas bem passadas.

Sem amor nem o nojo da vida meretriz
Só graça de corpos imaginados graciosos.
Sem maquilhagem nem cheiro de verniz
Só a sinceridade da nudez dos fogosos.

Nada de promessas vindas da virgindade
Palácios arábicos ou castelos medievais,
Contos de fadas nascidos de outra idade
Que se somem com o sopro de vendavais.

Apenas o prazer da alegria rítmica nocturna
De não ter juras nem divisar as intimidades
Sonsas e cuspidas do amor, apenas a furna
Excitada, humidade e activa de leviandades.

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