sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Atingi que nasci para morrer…
Mas com as luvas que agarro a vida
Tenho a carne que me leva a viver
Esta existência que trago vestida.

Vida boa ou vida má
A acaricio com a minha indumentária
Perfeita ou imperfeita, eu só quero que vá
Durando até à hora da funerária.

Chegada essa hora da procissão
Dispam-me a jeitinho, se faz favor
Que já estou morto mas não sou chão
Onde todos cospem sem qualquer pudor.

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