Meia-luz entre olhares
À cadência de caracóis
Estendais de pestanas
Pálpebras feitas lençóis
Há cegueira degolada
Nas esferas da secura
Noite que rola agarrada
No espasmo da fartura
Dormência de tanto nada
Seca em bafos noctívagos
Tudo de nada, tanto nada
E tudo a trote de ímpetos
Olheiras em cordas nuas
Nos baloiços dos estendais
Que folgam nas fachadas
Os duros tributos prediais
Tanta dureza, eu não posso
Que oscilo na corda bamba
Fio-de-prumo estica o fosso
Que estilhaço eu frágil bomba.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário