domingo, 21 de setembro de 2008

Um velho...

Vi uma velha alma devoluta
Sentada estática perdida,
Esperava mole pela permuta
Que fez com a morte prometida

Pouco mais falta que a prisca,
Do cigarro, que dança a custo,
Num ritmo cansado na sua boca,
À sombra do seu bigode patusco.

Ninguém atentava ao pobre velho,
Estátua humana em banco de jardim,
Era um corpo, sem nada mais a dar.

Penteando seu cabelo grisalho,
Espera solitário boleia, no fim:
Que a morte amiga o venha buscar.

Nenhum comentário: