Descobri o escravo prisioneiro
Num tempo incerto que corre
Não pára! É firme e derradeiro.
Vou saber por fim quem morre?
Ó escravo, ó tempo, ó vida
Qual de vós o mais atado,
A uma existência arrependida
Para sempre enclausurado
Vida que escravizas impávida
Contundo presa estas ao correr
És escrava até à hora marcada
Num corpo que há-de morrer
És tu ó eloquente amor,
O agrilhoado penitente
Que chora preso à dor?
Livre, não estás certamente.
Sou eu! Ai, que sou eu
O escravo; sou Escravo!
Qual de vós me enlouqueceu?
Que vivo, a própria campa cavo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário