domingo, 30 de março de 2008

Mar, marés e até rios, tudo tem fim...

Vai minhoca atrás do seu anzol
Perdida nessa corrente sem rumo
Procura distante e fugitivo farol,
Que recria a luz irmã do fumo.


Fragmento de lume, sinais de vapor
Queima por mim a fé nessas noites
Consome que já não sou o teu amor
Foi maré-alta nestas águas quentes


Vai o peixe fica o isco a boiar frio
Aquecido pelas correntes mornas
Desse mar que nasce gélido no rio
São viagens às quais não retornas


Desce doce pela vida, faz o troço
Corta rota em busca do desfecho,
Sobe amargo no balde deste poço
Que seco ficou já o nosso riacho.

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