domingo, 5 de fevereiro de 2012

Uma flor brota no papel.
Rasgo-o, sem pudor!
Filha da barriga do pincel,
Nasceu sem um grito de dor...

Frágil, borrão de tinta...
Cuspida na imortalidade branca,
Onde apenas o tempo pinta
A cor do homem que a espanca.

E, no abraço, unem-se os passos,
Envolvem-se em bizarra sequência:
E a comunhão faz brotar os traços,
Dos desvarios de uma artistica demência.

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