terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Meretrizes escanzeladas
Devinham pela rua,
Ébrias e indrominadas,
Anseiam a resposta - a tua!

Desoladas, até dava dó.
Maquilhadas num canto
E enchidas de pó,
Aguardavam em pranto.

Eu, fintei-as em silêncio,
Rasgando as sombras nocturnas
Contornei o grito do cio
Temendo as santas furnas.

Santas, malditas!
Santas, hereges!
Santas se acreditas...
Santas se as eleges.

Eu em Santas não acredito.
Nem na santa que de santa não passou...
E nas noites em que rezo e medito,
Já nem crente sei se sou.

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