sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Hoje salvei uma rosa.

Já respirava pálida… desnudada… quase morta da lindeza da rosa.
Curvada Rainha desgostosa, infeliz flor adoentada…
Então, milagrosamente, quase no último suspiro de vida, surge a mão do poeta e num movimento firme de raiva arranca-a aos campos inférteis da prosa;
De seguida, com um gesto terno, replanta-a nos sulcos frutíferos e sãos do poema para que enfim fosse curada.

Agradecida, a flor prometeu, dar o perfume às rimas e os seus espinhos… às mãos que tentassem roubar este poema. 

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