domingo, 6 de janeiro de 2008

Voa corvo, voa!

De porte grande e cor negra
O seu corpo absorve a luz,
Por onde voa alegra
E a própria luz seduz

Levanta da terra dos mortos
Trás com ele a vida,
Recolhe as almas dos corpos,
Com um justiça alada

Aquele piar ensurdecedor
Carrega vidas sem chama,
Bate as asas e liberta a dor
Desaparece, é um holograma.

As senhoras esculpidas em rosas
De tão belas e formosas,
Carrega-as nas escuras penas
Deixando até as deusas loucas

Os homens talhados em madeira
são fortes e grosseiros
Transporta-os de uma só maneira
Nas patas ainda mal feitos

E por fim no seu ultimo piar
Liberta a magia necessária
Que a própria vida pedia,
Apenas até a morte os levar

Voa então para a pedra
De onde levanta a vida
Onde inscrita esta a regra:
"Da morte se dá vida."

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