Esculpe o meu nome com os teus lábios
Sente a nostalgia destes momentos sadios
Dai-me forma e jeito que irás pecar
Mesmo antes do molde secar
Secando como a calçada depois da chuva
Logo que radiosos os raios a enxergam
E o teu sopro ardente que nela deslizava
Afastava por ela abaixo a triste solidão
Terra amada que por ti morri de amores
Já passaram os tempos de lembrar
Que nos teus jardins beijava as flores
Dadas por divas que me vinham aguardar
Ouve tempos em que parava e ai permanecia
Incrédulo ao tempo, estático ás vozes
Tomava o corpo de outros numa alma que doía
Tentado pôr termo assim as minhas nudezes
Gritava de gosto chorava de angústia
Morria de amores, vivia por eles
Aquele sabor amargo e seco que se sentia
Numa farsa ensaiada no crepúsculo da alegria
Abraçava aqueles momentos tão breves
Cismava mesmo amar aquela amarga ânsia…
De tempos envoltos em chamas guardo apenas
As labaredas mais vivas que me tocavam
Daquele ritmo extremo e ondulante das danças
Que num vai e vem de loucura bailavam
E isto quase sempre ao capricho do vento enamorado.
Cedendo a todos uma essência de perfume invejado...!
Bruno Lacerda
Um comentário:
As saudades nao deviam existir... tanto pode ser sinonimo de coisas boas como de coisas mas.... :(
bem e voce meu amigo cada vez surpreende mais com este seu jeito para escrever...
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