Mumifiquei os nossos faraónicos beijos
Em sarcófagos, antigos templos na alma.
Conservei-os com o ímpeto dos desejos,
Deitados na eterna e nostálgica cama.
Na sala da eternidade, imortalizei-os
Para que a noite os consiga encarnar;
E, na pirâmide das memórias, esculpi-os
Onde na penumbra ainda os vou mordiscar.
Os saudosos beijos cheios de fantasia
E o Império erguido nos nossos lábios,
Viverão para lá do além da mitologia;
Quentes, ainda que sepultados e frios.
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